27/05/2013 10:58
A população de Novo Progresso, oeste do Pará, amanheceu neste domingo (26), com uma imagem que causou uma sensação de surpresa e revolta em muitos, principalmente naqueles que dependem diretamente da extração, beneficiamento e
comércio da madeira: um caminhão totalmente carbonizado, colocado estrategicamente em frente à Av. Jamanxim, entre a BR 163 e a Av. Orival Prazeres, no centro da cidade.
Segundo informações de um madeireiro, que não quis se identificar, com medo de sofrer represálias, quarta feira (22), um helicóptero do IBAMA desceu na Vicinal da Guisa, nas proximidades da comunidade de Riozinho das Arraias, no município de Novo Progresso, e lá os agentes do IBAMA encontraram um veículo marca Volkswagen VW 24.250, tipo Caminhão, placas JZD3866, de propriedade do Sr. Isidro Setter, que se encontrava parado em razão de uma pane mecânica, enquanto o seu motorista procurava socorro no distrito de Moraes Almeida, no município de Itaituba.
De acordo com o informante, testemunhas disseram que os agentes do IBAMA desceram do helicóptero e, numa ação irresponsável e que demonstrava cena de vandalismo, atearam fogo no caminhão, que dispõe de carroceria apropriada para o transporte de toras de madeira, mas que no momento em que foi incendiado, estava totalmente descarregado. Uma motocicleta que estava no local também foi incendiada, juntamente com o caminhão.
Revoltado com o ato praticado pelos agentes do IBAMA, e para provar que os mesmos estão praticando atos de violência na região há muito tempo, uma vez que já incendiaram outros veículos e casas de fazendeiros, inclusive agredindo trabalhadores, o proprietário transportou o caminhão, juntamente com a motocicleta, e os deixou expostos em plena via pública de Novo Progresso, onde se podia algumas faixas com frases de um protesto silencioso.
Era visível a revolta estampada nos rostos das pessoas que passavam pelo local, viam aqueles veículos incendiados, e tomavam conhecimento do que havia acontecido.
Agora, enquanto os moradores do município de Novo Progresso aguardam que o governo federal libere a documentação das terras, alguns esperando há mais de vinte anos, fica uma pergunta: quem vai pagar o prejuízo ?
Fonte: Estado do Tapajós