Pará e Mato Grosso planejam ferrovia de R$ 3 bilhões
26/04/2013 20:49
BELÉM – Os governos estaduais do Pará e Mato Grosso estudam construir uma ferrovia com aproximadamente 1,6 mil quilômetros de extensão para unir as regiões Norte e Centro-oeste. O novo modal de transporte servirá como canal de escoamento de produção e deve baratear o custo logístico nesta área do Brasil. A ferrovia está orçada em mais de R$ 3 bilhões.
O construção da ferrovia esteve em discussão nesta quarta-feira (24), pelo governador do Pará, Simão Jatene, e os presidentes da Assembleia Legislativa do Pará, Márcio Miranda, e da casa legislativa do Mato Grosso, José Geraldo Riva. O encontro aconteceu para traçar novos encaminhamentos para o projeto. A proposta inicial, apresentada pela comitiva mato-grossense, é que a ferrovia partisse do município de Água Boa, em Mato Grosso, e chegasse até Barcarena, no nordeste do Pará. A ferrovia estaria paralela às rodovias BR-158, PA-150, BR-222 e BR-010.
Há possibilidade da ferrovia partir do Mato Grosso até Marabá, no sudeste paraense. “Essa alternativa reduziria os custos iniciais em cerca de um terço”, contabilizou o governador do Pará, para logo em seguida propor a discussão de uma Parceria Público-Privada (PPP), com o Pará e Mato Grosso bancando, se necessário, a maior parte dos recursos. A ligação com o nordeste paraense seria viabilizada com a construção de duas pernas, uma até Barcarena, e outra até o porto de Espadarte, em Curuçá.
Os dois estados trabalharão, a partir de agora, para avançar como o estudo de viabilidade, o projeto básico, a discussão do melhor traçado e a forma de implantá-lo. “Estarei em contato com governador do Mato Grosso [Sinval Barbosa], que é nosso amigo com experiências positivas de articulação, para discutirmos como será feita essa consultoria. Agora é arregaçarmos as mangas e nos darmos a mãos para avançarmos nesse projeto”, afirmou Jatene.
Miranda informou que agendará uma sessão especial na Assembleia Legislativa de Mato Grosso e que depois o mesmo será feito no Pará. “Precisamos vender essa ideia, não só para os investidores, como também para os demais parlamentares, o setor produtivo e toda a sociedade. Provavelmente isso vai custar, no mínimo, um bilhão de cada Estado”, disse.
fonte: Folha do Progresso